Se tem greve, é GRAVE!

Greve dos policias, greve nas universidades federais, paralização dos médicos, greve dos rodoviários, greve dos professores... Estamos assistindo a um verdadeiro caos! A insatisfação das mais diversas categorias seja por melhores salários, seja por melhores condições de trabalho, tem chegado ao extremo. Se há greve é porque a situação é grave.

Olhando em especial para a greve dos professores, que está ocorrendo a mais tempo no nosso estado (dois meses) percebemos que é grave a situação dos colégios públicos da Bahia. Os alunos estão aflitos com a falta de ensino, principalmente aqueles que estão às vésperas do vestibular e os pais, por sua vez, se desesperam ao ver seus filhos sem aula e com o futuro comprometido.

É um problema antigo. É até comum dizerem que “Professor adora fazer greve“. Mas se eles sempre fazem greve é porque os problemas não estão sendo resolvidos. Já pararam para pensar qual o motivo de tão pouco investimento na educação? O porquê de pagar tão mal a profissão que transmite o conhecimento? E por que sempre há uma demora nas negociações com os professores?

O conhecimento é a chave para a liberdade. O conhecimento é o que nos liberta das amarras da ignorância. Quanto mais conhecimento, menos somos enganados, menos somos persuadidos, inclusive pelos “belos discursos políticos”. Quanto mais demorada é a greve, menos tempo o estudante aprende. E se aprende menos, mais enganado pelo sistema pode ficar. Talvez o governo não esteja muito interessado no que o estudante de escola pública pode contribuir para o crescimento do Estado, mas sim nas armas que o cidadão dotado de conhecimento tem em suas mãos.

A greve é um método adotado pelas categorias trabalhistas que devem nos fazem refletir sobre quem nós temos escolhido para administrar o nosso estado.

Luíse Beatriz é estudante de Comunicação e redatora da Rádio Uesc.