EDITORIAL
Genisson Santos, de S. Paulo*
Genisson Santos, de S. Paulo*
A possível aliança entre o candidato a prefeito derrotado nas últimas eleições, Milton Cerqueira (PCdoB) e o grupo do ex-prefeito Gima (PR), sinalizada esta semana, pode livrar Coaraci de um eminente colapso administrativo.
Venho acompanhando a degradação e retrocesso das gestões em Coaraci há muito tempo. E, antes que um deturpador venha me dizer que não posso falar sobre minha cidade porque estou “longe”, lembro que este é um processo que vem desde administrações passadas, até a atual, que parece ter se perdido completamente em seu propósito de mudança. Afinal de contas, vem repetindo velhos erros e perpetuando-os.
A reeleição do governo petista não fez bem ao município. Parece que a atual administração literalmente ‘jogou a toalha’ e entrega os destinos da população à sorte.
Este é um dos males das reeleições. O abandono dos governantes à seus governos e governados.
A história mostra que a perpetuação de um mesmo grupo por muitos anos no poder nunca deu certo. Não faz bem à democracia.
A alternância de poder é saudável no sistema democrático. Principalmente para que não ocorra a particularização do bem público. Que não se distribua pedaços do município para que cada cacique da grei possa chamar de seu. Ou ainda para evitar que o grupo dominante sinta-se dono do município.
Por este motivo, a união dos dois pré-candidatos pode acirrar ainda mais a disputa pela Prefeitura de Coaraci. E uma possível vitória de um candidato oposicionista nas eleições do próximo ano poderá fazer com que o município respire aquele que pode ser seu último sopro. Afinal de contas, o sucateamento da máquina pública e da cidade como um todo é claro e evidente.
Só não vê quem não quer. Ou quem não pode!
* Genisson Santos é jornalista e editor-chefe do Fato Entre Aspas.
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